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O plástico está em toda parte. Das praias da Indonésia ao Ártico, está a sufocar silenciosamente o nosso planeta. 8 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos todos os anos. É urgente que os líderes mundiais travem a crise provocada pelo plástico.
O plástico contamina solos, rios, oceanos, e entrou até na nossa cadeia alimentar. Muitos de nós fazem a sua parte para reduzir este tipo de poluição, mas é hora de governos e empresas assumirem a sua responsabilidade também. É, mais do que nunca, fundamental agirmos para travar em terra os resíduos plásticos, de modo a evitar que estes terminem no mar e sufoquem os nossos oceanos.
Em Nairobi, a 2 de março de 2022, na Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente (UNEA), os Estados membros da ONU concordaram unanimemente em tentar resolver a crise global dos plásticos. Este é um motivo de celebração e mostra que os Estados estão a levar a sério a ameaça. Agora é uma questão de implementação: até 2024, deverá ser redigido um acordo globalmente vinculativo para pôr fim à poluição por plástico.
A resolução, denominada "End Plastic Pollution: Towards an International Legally Binding Instrument", também estabelece os elementos que o acordo conjunto deve conter. Com base em descobertas e informações científicas, serão estabelecidos objetivos para travar a poluição plástica, especialmente nos oceanos. Deverão ser criados mecanismos para que os Estados com menos recursos financeiros possam também consigam implementar essas regras. As medidas de cooperação devem apoiar os Estados na resolução deste problema global, não só a nível nacional, mas também internacional.
É também particularmente positivo que o acordo estabeleça normas e medidas que cubram todo o ciclo de vida dos plásticos, desde as matérias-primas até à conceção e reciclagem dos produtos, o que irá assegurar a redução da produção de plástico.
Este acordo ambicioso lança assim as bases para uma das mais importantes medidas de proteção ambiental desde o Acordo Climático de Paris em 2015, e mostra que a comunidade global compreendeu o quanto o plástico está a pôr em perigo o nosso ambiente e, por extensão, as populações. O facto de todos os países terem votado a favor é particularmente importante: afinal de contas, este problema global só pode ser resolvido se todos trabalharem realmente em conjunto.
Mas a resolução de Nairobi é também uma prova de como é importante exercer pressão e manter-se atento. A decisão histórica dos Estados da ONU é um grande sucesso para a WWF, que tem vindo a chamar a atenção para esta ameaça ininterruptamente nos últimos três anos. Mais importante: esta decisão é o sucesso das mais de 2,2 milhões de pessoas que, na maior petição de sempre da WWF, apelaram à ONU para que finalmente agisse sobre a crise do plástico.
É claro que a decisão de Nairobi não impede a poluição de plástico. O acordo ainda não existe: e quando existir dentro de dois anos, tudo depende da forma como os países o implementarem.
A WWF não deixará de fazer pressão. Por enquanto, há todos os motivos para celebrar: 2 de Março de 2022 ficará na história como um bom dia para a proteção ambiental e conservação marinha - na melhor das hipóteses, como o início do fim da maré de plástico.
O que nos mantém a salvo, deixa-os em risco.
Diariamente, milhões de máscaras, luvas e outros acessórios são deitados ao lixo e muitas vezes ao chão, acabando por permanecer na natureza e sufocar as espécies que nela vivem.
Felizmente, as máscaras reutilizáveis são igualmente seguras quando usadas corretamente. Sempre que puderes, diz não aos descartáveis. Protege-te a ti, protege-os a eles.
#ChokingMasks #ProtectNature
A transparência dos dados é uma das principais questões do país, sem a qual nenhuma estratégia concertada para uma economia circular pode ser criada. A ANP|WWF pede mais informações e uma estratégia nacional que possa ter efeitos a longo prazo em travar a fuga de plásticos para a natureza até 2030.