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RELATÓRIO DA WWF MOSTRA COMO AS NOSSAS ESCOLHAS ALIMENTARES PODEM SALVAR O PLANETA
A WWF lançou hoje o relatório “Achatar a Curva: O Poder Restaurador das Dietas que Respeitam o Planeta”, um estudo que demonstra como a mudança para dietas sustentáveis melhoram a nossa saúde e ajudam a salvar o planeta. Em Portugal, esta transição poderia significar uma redução nas emissões de gases com efeito de estufa de até 107%, uma perda de biodiversidade até de 44% e uma redução da mortalidade prematura de até 18,5%
O relatório define cinco ações estratégicas essenciais para achatar a curva dos impactos negativos dos sistemas alimentares atuais no planeta e na nossa saúde: 1) inverter a perda de biodiversidade; 2) viver dentro dos limites da pegada global de carbono permitida para a alimentação; 3) alimentar a humanidade através das terras de cultivo existentes; 4) alcançar emissões negativas; e 5) otimizar a produtividade das culturas.
“Todos temos direito a uma alimentação saudável e nutritiva dentro dos limites planetários. Esta devia ser a primeira prioridade. Mas para conseguirmos uma mais justa e proporcional distribuição dos recursos naturais, e permitir que os países em desenvolvimento atinjam os seus objetivos de erradicação da fome e saúde de qualidade, é necessário que os países desenvolvidos (onde vive a maioria das pessoas obesas e com excesso de peso e que estão a usar mais do que a sua parcela justa de recursos naturais) reduzam a sua pegada alimentar adotando Dietas que Respeitam o Planeta”, assegura Tiago Luís, técnico de Alimentação da ANP|WWF.
As Dietas que Respeitam o Planeta baseiam-se em ingredientes saudáveis e sustentáveis, produzidos dentro dos limites do planeta e adaptados aos contextos locais. Além de promoverem a redução do consumo excessivo de alimentos de origem animal, desencorajam a ingestão excessiva de qualquer alimento, uma vez que esse consumo tem um impacto negativo na biodiversidade, no ambiente e na saúde humana.
No caso de Portugal, o relatório revela que a mudança para Dietas que Respeitam o Planeta levaria a uma redução de aproximadamente 14% na mortalidade prematura, sobretudo através de uma diminuição da ingestão diária de alimentos (cerca de 13%); de um aumento do consumo de leguminosas em detrimento de carnes vermelhas, aves, laticínios e ovos; e da preferência por alimentos locais, sazonais ou biológicos.
A ciência sempre ajudou a medir os impactos globais dos atuais sistemas alimentares, mas estas recomendações precisavam de ser traduzidas para as realidades nacionais. Este relatório vem cobrir essa lacuna e, em vez de dar indicações genéricas, fornece dados e ferramentas para que se atue de acordo com a realidade de cada um dos 147 países analisados. Não existe uma receita única. A mudança para dietas mais sustentáveis exige que se tenham em consideração as realidades locais (a nível nacional e até regional). Por exemplo, nalguns países é necessário que haja uma redução significativa do consumo de alimentos derivados de animais, enquanto noutros pode ter de haver um aumento desse consumo para combater os níveis de subnutrição.
Produzimos mais comida do que o necessário, para depois a desperdiçarmos, ou seja, esta produção não está a respeitar os limites da Terra. Como recentemente reconhecido na Cimeira das Nações Unidas sobre a Biodiversidade, a crise climática e a destruição da natureza, ambas impulsionadas de forma significativa pelo nosso sistema alimentar, estão a deixar a Humanidade num estado de emergência. É necessária uma resposta urgente para transformar o sistema alimentar existente, antes que os danos que estamos a causar à natureza e à nossa saúde sejam irreversíveis. Precisamos que os alimentos sejam produzidos de forma a restaurar o planeta, e não a destruí-lo. É por isso imprescindível adotar dietas mais saudáveis, Dietas que Respeitem o Planeta.
O relatório completo pode ser visto aqui: https://wwfeu.awsassets.panda.org/downloads/relatorio_full_final_pdf.pdf