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ONGAS LANÇAM ALERTA: AS MÁSCARAS QUE NOS PROTEGEM ESTÃO A SUFOCAR A NATUREZA
A nova campanha da ANP|WWF, da SCIAENA e da ZERO apelam à utilização das máscaras reutilizáveis sempre que seja seguro, alertando as pessoas sobre o impacte dos descartáveis na natureza e na vida selvagem.
“Com a pandemia vimo-nos obrigados a interiorizar novos hábitos em nome da saúde e segurança de todos. Mas infelizmente perduram outros, como o desleixo que leva o nosso lixo a chegar aos rios e mares por todo o planeta. Sabemos que 80% de todo o plástico que está no oceano tem origem em terra, e é garantido que as máscaras e luvas que vemos nas nossas ruas vão acabar aí. Proteger a nossa saúde não pode implicar colocar em risco a do planeta, até porque inevitavelmente isso irá virar-se contra nós. É crucial que usemos máscaras reutilizáveis, sempre que for seguro fazê-lo. O risco dos descartáveis que, depois de usados, são deitados na natureza, são um perigo imediato para a biodiversidade, e um perigo a longo prazo para a nossa saúde”, afirmou Ângela Morgado, Diretora Executiva da ANP|WWF.
Ao contrário do que era esperado para 2020, os descartáveis, aos quais se somaram agora milhões de máscaras e luvas descartáveis, são uma realidade cada vez mais recorrente e visível no dia-a-dia de cada um. A nova campanha da ANP|WWF, em parceria com a ZERO e a SCIAENA, pretende sensibilizar para a problemática sufocante das máscaras descartáveis que, sem nos apercebermos, coloca a saúde de muitos animais em risco e relembra que, para quem não pertence a um grupo de risco, usar máscaras reutilizáveis é igualmente seguro.
Catarina Grilo, Diretora de Conservação e Políticas da ANP|WWF, justifica a necessidade para esta sensibilização “pela banalização do uso de plástico descartável a que temos assistido nos últimos meses, e que levou inclusivamente a um adiamento de seis meses em Portugal da aplicação da Diretiva sobre Plásticos de Uso Único. Esta banalização acontece sob o pretexto da segurança sanitária, quando não há evidência científica que suporte esta opção”.
Renata Fleck, da SCIAENA, reitera que “até há um mês, eram usadas diariamente 98.000 capas de plástico descartável em aulas de condução no nosso país, quando a utilização de máscara reutilizável, a correta desinfeção do volante e a lavagem das mãos antes e após a aula seriam suficientes, e o mesmo se aplica a vários outros setores que passaram a fazer o uso
desnecessário de plásticos descartáveis devido a pandemia. Estes números são assustadores, pois se já vivíamos uma crise de fuga de plásticos para os oceanos, esta será seguramente agravada nos próximos anos”.
Para Susana Fonseca, da ZERO, “é importante termos a noção que a resposta à atual crise pandémica não pode esquecer que existem outras crises que estão a decorrer em paralelo – alterações climáticas, perda da biodiversidade, exploração desregrada dos recursos naturais – pelo que, é fundamental minimizar o impacto das soluções encontradas, onde a reutilização pode assumir um papel chave”.
Depois de usadas, as máscaras descartáveis acabam muitas vezes por ser deitadas ao chão e, por falta de informação, são muitas vezes colocadas no contentor errado (devendo ser colocadas no lixo orgânico). Não sendo recicláveis, é lixo que se vai acumulando, juntando-se aos milhares de descartáveis que todos os dias se avistam perdidos no chão.
Proteger e restaurar a natureza é a forma mais eficaz de prevenir futuras pandemias: querer proteger a nossa saúde e ao mesmo tempo colocar a do planeta em risco é uma contradição gritante. Assim, a campanha apela: “Sempre que for seguro, optem por uma máscara reutilizável. Protege-te a ti, e ao planeta também.”