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ANP|WWF ALERTA: O FUTURO EM PORTUGAL TEM MENOS ÁGUA
Em antecipação ao Dia Nacional da Água (1 de outubro), a organização apresenta uma factsheet onde explora como as alterações climáticas estão a ter impacto na quantidade de água disponível no nosso país, concluindo que o futuro tem menos água. Nos próximos 100 anos pode significar uma redução de até 30% na precipitação em regiões do país que atualmente já estão a atravessar séria escassez hídrica, como o Algarve.
Para Ângela Morgado, Diretora Executiva da ANP|WWF, “sabemos que as alterações climáticas irão ter o seu maior impacto na disponibilidade de água, pelo que importa neste momento agir o quanto antes quer ao nível da adaptação local a esta nova realidade, quer ao nível da mitigação global deste fenómeno. Isto apenas acontecerá se existir uma nova postura por parte dos líderes mundiais, que devem reconhecer e acordar na necessidade de termos um Novo Acordo Pela Natureza e as Pessoas, e agir de forma efetiva na proteção da biodiversidade, fomentando uma melhor gestão da água”.
Afonso do Ó, especialista em Água na ANP|WWF, partilhou que ‘já não basta apelar ao consumidor para poupar água ou melhorar a eficiência das redes. Apesar de serem esforços necessários, não são suficientes, pois um aumento de consumo de água, ainda que numa rede mais eficiente, significa sempre que tem de existir mais água disponível para fazer face à procura. O futuro vai ter menos água, e é essencial que todos nós tenhamos esta consciência. Deve partir dos nossos governantes preparar esta realidade, limitando o consumo em algumas bacias portuguesas, permitindo apenas os consumos onde tenham garantia de abastecimento e promovendo medidas efetivas para proteger os recursos hídricos em particular no Sul do País”.
Esta factsheet vem no seguimento do documento de posição publicado em 2019, “Viver para além da água que temos”, em que a ONG de ambiente reforçava que Portugal consome mais do que as suas disponibilidades numa ótica de segurança e prevenção de riscos, particularmente em situações de seca como a que se tem vivido, fruto de uma sequência de anos pouco chuvosos e cujos efeitos são agravados pelas alterações climáticas.
Esta situação é mais gravosa no setor agrícola, maior consumidor de água e também aquele que exerce uma maior pegada hídrica sobre os recursos, quer do País quer dos restantes países donde importamos bens que necessitam de água para serem produzidos.
Para a organização de conservação da natureza, é fundamental nesta fase que governantes e empresas trabalhem em conjunto para: substituir a tradicional resposta infraestrutural (construção de barragens, novas captações, etc.) por soluções naturais baseadas no funcionamento dos ecossistemas; fazer uma aplicação integral dos princípios e normas da Diretiva-Quadro da Água europeia nos planos de bacia; garantir uma maior monitorização, avaliação, controlo dos licenciamentos e fiscalização dos usos da água; proteger e restaurar caudais ecológicos, galerias ripícolas e o funcionamento natural dos ecossistemas fluviais, incluindo a remoção de barreiras obsoletas; participar em iniciativas de Water Stewardship (iniciativas coletivas de custódia da água) e de responsabilidade corporativa social e ambiental.