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CAMPANHA ASSINALA OPORTUNIDADE DE OURO PARA TRAVAR DESFLORESTAÇÃO CAUSADA PELO CONSUMO DA UE

Mais de 100 ONGs e entidades da sociedade civil, entre as quais se destacam 10 nacionais como a ANP|WWF, lançam hoje a campanha #JuntosPelasFlorestas, pedindo a ação da UE na criação de uma lei que regule a entrada de bens e produtos no mercado europeu associados à desflorestação e conversão de terras.

A Comissão Europeia colocou esta semana à consideração dos cidadãos europeus a necessidade de criação de uma lei que regule a entrada na UE de produtos que estejam ligados à desflorestação ou conversão de terras para outros usos. Esta é uma lei fortemente defendida e ansiada por mais de 100 ONGs e entidades da sociedade civil, que se juntaram numa campanha de sensibilização para a participação das pessoas na consulta, chamada #Together4Forests #JuntosPelasFlorestas. Em Portugal, esta campanha é lançada hoje pela ANP|WWF, com o apoio da Associação 1%, a Biovilla, a Liga para a Proteção da Natureza, a Quercus, a Raízes Mag, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, a SOS ANIMAL, o The Climate Reality Project e a ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável.
 
Todos os anos, milhares de incêndios que assolam a Amazónia são deliberadamente provocados para que os terrenos ardidos possam ser convertidos em terrenos agrícolas de grande escala. A procura por parte do mercado europeu por produtos produzidos em antigas terras florestais apenas atira mais lenha para cima destes incêndios. Um problema que se alastra a mais geografias à volta do mundo, nomeadamente no Sudeste Asiático e África sub-Sahariana. Globalmente, o consumo de bens como carne, laticínios, soja, óleo de palma, café e cacau na UE é responsável por mais de 10% da destruição de paisagens florestais.
 
Ângela Morgado, Diretora Executiva da ANP|WWF, partilhou: “Os produtos associados a desflorestação estão nos nossos carrinhos de compras, sem que os consumidores saibam ou tenham outra opção. E isso está errado. As florestas e outros importantes ecossistemas globais albergam elevados níveis de biodiversidade, constituindo um escudo essencial contra as alterações climáticas, e as pandemias, mas o consumo da UE está a contribuir para enfraquecer esse escudo. Queremos que a UE crie uma lei forte para manter os produtos que promovem a destruição florestal fora do mercado europeu, servindo de exemplo para o resto do mundo.”
 
A rede de conservação global da natureza WWF, junto com a Greenpeace, ClientEarth, Conservation International, Environmental Investigation Agency e a Wildlife Conservation Society, lançam hoje uma campanha para garantir que os cidadãos tenham a oportunidade de a sua voz ser ouvida pelos decisores europeus.
 
A desflorestação é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no mundo. A agricultura é responsável por 80% da desflorestação para plantação de produtos como soja, e óleo de palma, e abertura de pastagens para a produção de carne bovina, sendo a UE um dos maiores importadores agroalimentares destes produtos.
 
A Comissão Europeia comprometeu-se a propor uma nova legislação para lidar com a desflorestação em 2021. Mas para evitar a transferência da destruição da natureza para outros habitats naturais vitais, ela também deve incluir pastagens, savanas e pântanos. A lei deve ainda incluir a proteção dos direitos dos Povos Indígenas e das comunidades locais, administradores reconhecidos das suas terras e cujo conhecimento é crucial para prevenir a perda de biodiversidade.
 
Saiba mais sobre a desflorestação e o movimento #Together4Forests #JuntosPelasFlorestas e assine a consulta pública em https://together4forests.eu/.

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