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10 ANOS À FRENTE DO SEU TEMPO: PROJETO PIONEIRO DA ANP|WWF ANGARIOU 135 MIL EUROS PARA PREMIAR BOAS PRÁTICAS

Em 2011, a WWF lançou o Green Heart of Cork, uma plataforma de empresas dispostas a premiar proprietários rurais pelas boas práticas de gestão florestal numa das paisagens mais emblemáticas de Portugal – o montado. Dez anos passados, confirma-se ser este o caminho do futuro.

Quando o Green Heart of Cork surgiu, a 4 de novembro de 2011, precisamente há 10 anos, no coração do montado em Coruche, a temática do pagamento dos serviços dos ecossistemas tornou-se uma realidade em Portugal. Pela primeira vez, um projeto recompensava monetariamente proprietários rurais com boas práticas, premiando a gestão florestal responsável e a natureza positiva. Celebrando agora uma década de conquistas e metas alcançadas, o projeto da ANP|WWF prova ter nascido 10 anos à frente do seu tempo.
 
Vivemos na Década do Restauro dos Ecossistemas e as empresas encontram-se numa posição de destaque para integrar a natureza nos seus negócios e investir sem hesitações no seu restauro, um compromisso em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, garantindo não só a sustentabilidade social e ambiental das comunidades onde se inserem, como a sustentabilidade da sua própria atividade, serviços ou produtos.
 
O Green Heart of Cork assumiu-se desde 2011 como uma plataforma pioneira que permite às empresas “pagar” pelos recursos e serviços ambientais que precisam para a sua atividade económica e de que todos usufruímos diariamente a custo zero: água limpa, solos férteis, ar puro, uma vida selvagem rica.
 
“Criámos o Green Heart of Cork, um projeto que incide na maior mancha mundial de sobreiro e sobre o maior aquífero ibérico, para conectar as empresas à natureza, permitindo que estas premiassem os proprietários com boas práticas agroflorestais que contribuem para uma gestão florestal sustentável e assim para salvar as florestas mais valiosas do mundo”, explica Rui Barreira, Coordenador de Floresta, Alimentação e Vida Selvagem na ANP|WWF e gestor do projeto Green Heart of Cork.
“Para as empresas, a certificação florestal FSC® funciona como uma ferramenta credível e transparente para destacar o seu compromisso com um uso responsável dos recursos florestais. Com este pagamento, as empresas têm a oportunidade de compensar a sua pegada, ao mesmo tempo que contribuem para a viabilidade económica e sustentabilidade da sua própria atividade e do meio rural do qual dependem para a produção de matérias-primas”, continua Rui Barreira.
 
O Green Heart of Cork atua, assim, em várias vertentes em que os resultados beneficiam todos os envolvidos: as empresas, porque diminuem os impactos negativos da sua atividade na natureza e mostram o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental; os proprietários agroflorestais, que veem o seu investimento em práticas agroflorestais sustentáveis recompensado; e, claro, a natureza, preservando-se uma paisagem única no mundo com serviços naturais fulcrais para o combate às alterações climáticas, como a retenção de carbono, a formação de solo, a melhoria do ciclo da água e a proteção da biodiversidade que habita no montado, como é o caso do lince ibérico.
 
Ao longo de dez anos, o projeto angariou um total de 135 mil euros para premiar proprietários com boas práticas, para aumentar o número de empresas participantes na plataforma, angariando novas empresas pela natureza.
 
O Grupo Jerónimo Martins é uma das empresas chave neste processo, somando já 7 anos de participação na plataforma. Esta estabilidade permitiu aumentar o valor entregue aos proprietários e duplicar a área de alto valor de conservação certificada para aproximadamente 1.200 hectares. Já em 2020, a Reckitt que, através da marca Botanica by Air Wick, se juntou ao Green Heart of Cork, permitiu estender o projeto à região do Vale do Sado. Além destas, o projeto já contou com a participação da Coca-Cola, Unilever, The Body Shop, Tetra Pak e Grupo Onyria.
 
Acreditando que “Juntos é Possível”, a ANP|WWF congratula estas empresas que dão o exemplo a outras entidades públicas ou privadas e investidores, e contribuem para proteger uma paisagem emblemática nacional e para um futuro em que pessoas e natureza vivam em harmonia. Para a ONGA, uma gestão florestal sustentável deve ser acompanhada por uma atividade económica (florestal) rentável e desenvolvimento social do meio rural e das comunidades. Isto torna-se possível através do investimento em restauro de paisagens florestais, criando valor para todos os envolvidos.

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